As vendas no varejo em Sorocaba devem ter um crescimento entre 1 e 1,5% neste segundo semestre. A expectativa é da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), que ressalta uma recuperação das perdas ocasionadas pela pandemia de Covid-19.
A entidade destaca que o primeiro semestre deste ano começou com bons resultados para o setor do comércio e serviços de Sorocaba, acompanhando os resultados do País, onde as vendas no varejo cresceram cerca de 2,3%, entre janeiro e abril.
Segundo o economista da Acso, Roque Camargo, esse resultado segue representando uma recuperação das perdas provocadas pela crise sanitária. Ele explica que a inflação elevada, cerca de 12% no acumulado de 12 meses até abril deste ano, gerou uma redução no poder de compra das famílias.
Essa redução do poder de compra impactou nas vendas de maio e junho, fazendo com que os resultados do primeiro semestre deste ano fechassem com um crescimento pouco significativo, próximo de 0,3%. Já o setor de serviços começou o ano em queda, contudo teve uma melhora de 8,8%.
A inflação apresentou uma melhora, chegando a casa dos 10% nos últimos 12 meses. “Essa queda está relacionada tanto pela sequência de aumento na taxa de juros pelo Banco Central, atualmente em 13,75%, como pela redução do ICMS sobre os combustíveis”, destaca o economista.
Para Camargo, ainda há insegurança em relação ao futuro, com a guerra na Ucrânia e o temor de recessão econômica global, tendo em vista a inflação elevada nos países europeus e nos EUA, forçando a elevarem suas taxas de juros.
“No entanto, na contramão das expectativas negativas globais, os resultados da economia brasileira vêm sinalizando otimismo para o segundo semestre”, ressalta o economista, destacando que se pode esperar uma melhora nas vendas do comércio.
“Seja pela redução da inflação, que contribui para dar um fôlego no poder de compra das famílias, como também pelos incentivos propostos pelo governo, que podem injetar uma quantidade significativa de recursos na economia e contribuir para os resultados do segundo semestre”, argumenta.
