O ensino superior gratuito a distância de São Paulo teve um crescimento no primeiro semestre deste ano. A Universidade Virtual do Estado (Univesp) abriu 10 polos e registrou alta de 38% no número de alunos, que passou de 59 mil, em dezembro, para 83 mil, neste mês.
Essa alta no acesso também carrega um significado social, uma vez que 91% dos vestibulandos da Univesp em 2023 estudaram em escolas públicas, 62% são mulheres, 80% têm mais de 25 anos e 40% têm renda familiar de até dois salários mínimos.
A Univesp é uma universidade pública exclusivamente voltada para a Educação a Distância (EAD), mantida pelo Governo de São Paulo e vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“A EAD viabiliza que muitas pessoas que não teriam outra possibilidade de estudar um nível superior consigam acessá-la. Então, temos esse perfil característico de inclusão, que é muito interessante e nos deixa muito felizes”, ressalta o presidente da Univesp, professor Marcos Borges.
Setor EAD em alta
De acordo com o presidente da Univesp, Marcos Borges, há mais alunos de nível Superior no Brasil em modalidades a distância do que nas presenciais. “A sociedade entendeu que os cursos EAD podem ter qualidade equivalente à dos presenciais”, afirma.
O vestibular da Univesp em 2023 foi o segundo a oferecer a grade de cursos dividida em três grandes áreas: licenciatura, computação e negócios e produção. O novo modelo foi bem-sucedido e registrou recorde de inscrições.
O aumento na procura também está ligado, segundo Borges, ao perfil dos cursos, com opções ligadas a tecnologia e informática. Para aprimorar a grade oferecida, a Univesp olhou para o atual cenário profissional.
A empregabilidade dos profissionais graduados pela Univesp é alta. Em agosto de 2022, uma pesquisa aplicada com formandos mostrou que 90% dos egressos dos cursos de engenharias já estavam trabalhando regularmente na área. Para as licenciaturas, a taxa alcançou 75%.