O Governo de São Paulo emitiu um alerta sobre a circulação do vírus da febre amarela no estado e reforçou que os macacos não são responsáveis pela transmissão. Esses animais funcionam como sentinelas naturais, ajudando na identificação precoce do vírus na região. O estado já registrou 14 casos e nove óbitos em humanos, além de 30 infecções em primatas em cidades como Campinas e Ribeirão Preto.
A febre amarela foi detectada no norte e noroeste de São Paulo em 2016, avançando para outras regiões no ano seguinte. Em 2017, surtos na Grande São Paulo levaram ao fechamento de áreas de conservação e ao aumento da perseguição a macacos. Autoridades reforçam que a doença é transmitida exclusivamente por mosquitos e não pelos primatas.
A Coordenadoria de Fauna Silvestre alerta que qualquer macaco encontrado doente ou morto deve ser reportado pelo aplicativo SISSGEO, da Fiocruz. Não se deve capturar nem transportar os animais, sendo necessário acionar órgãos ambientais ou sanitários locais. O monitoramento da fauna é essencial para a prevenção da doença em humanos.
O estado também orienta zoológicos e criadouros a reforçarem medidas de proteção, como o uso de telas para evitar a entrada de mosquitos. A principal forma de prevenção é a vacinação, além do uso de repelentes e ações de conscientização. O governo mantém o acompanhamento da doença para evitar novos surtos.