Fraudes digitais lideram queixas em bancos

Golpes virtuais como WhatsApp clonado e falsas vendas lideram reclamações e acendem alerta sobre segurança digital

Os golpes digitais voltados a clientes de bancos seguem crescendo e se sofisticando. Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os golpes do WhatsApp, de falsas vendas e da falsa central bancária lideram as reclamações. Juntas, essas três fraudes somaram mais de 400 mil registros de consumidores. A entidade alerta que os criminosos usam tecnologia e engenharia social para enganar as vítimas.

O golpe do WhatsApp, com 153 mil queixas, ocorre quando criminosos clonam contas para pedir dinheiro a amigos e familiares. Já as falsas vendas, com 150 mil registros, envolvem sites falsos e promoções inexistentes. No golpe da falsa central bancária, os golpistas se passam por atendentes e convencem o cliente a fornecer dados ou fazer transferências. A Febraban destaca que os bancos nunca solicitam senhas ou movimentações financeiras por telefone.

Outros golpes também se destacaram: phishing (33 mil reclamações), falso investimento (31 mil), troca de cartão (19 mil), envio de boletos falsos (13 mil) e até devolução de empréstimo (8 mil). Em comum, todos exploram a confiança do usuário e o desconhecimento sobre os procedimentos oficiais dos bancos. O uso de e-mails falsos, perfis enganosos nas redes sociais e abordagens convincentes são armas comuns desses golpes.

Para evitar prejuízos, especialistas recomendam atenção aos sinais de fraude e adoção de medidas de segurança digital. Ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp, desconfiar de promoções milagrosas, verificar a origem de ligações e manter o antivírus atualizado estão entre as principais orientações. Em caso de dúvida, o consumidor deve buscar os canais oficiais do banco antes de tomar qualquer ação.