A prévia da inflação de fevereiro aponta para uma desaceleração nos preços dos alimentos, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O indicador registrou alta de 0,61%, a menor variação desde setembro de 2024 (0,05%). Apesar do avanço menor, o custo da alimentação continua sendo uma preocupação para as famílias.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 serve como prévia da inflação oficial e antecipa a tendência do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado com base em uma cesta de produtos e serviços para diferentes faixas de renda.
A inflação dos alimentos teve impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral de fevereiro. Os preços da alimentação no domicílio subiram 0,63%, abaixo do 1,10% registrado em janeiro. Entre os itens que mais subiram estão a cenoura (17,62%) e o café moído (11,63%), enquanto a batata-inglesa (-8,17%), o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%) tiveram queda.
No caso da alimentação fora do domicílio, houve desaceleração de 0,93% para 0,56% no mês. A refeição subiu 0,43% e o lanche, 0,77%, ambos com reajustes menores do que os observados em janeiro. Mesmo com essa tendência, a inflação acumulada de alimentos em 12 meses continua acima da inflação geral.
Enquanto o IPCA-15 acumula alta de 4,96% no período de um ano, o grupo de alimentos e bebidas registra aumento de 7,12%. Em janeiro, esse acumulado era de 7,49% e, em dezembro, chegou a 8%. Entre os itens com maiores quedas no mês de fevereiro estão o limão (-17,35%), a banana-d’água (-4,98%) e o óleo de soja (-1,96%).