A inflação oficial de janeiro desacelerou para 0,16%, o menor resultado para um mês de janeiro desde 1994. A redução foi impulsionada principalmente pelo Bônus Itaipu, que resultou em uma queda de 14,21% na energia elétrica, impactando diretamente o grupo de habitação. Em contrapartida, os preços de alimentos e transportes subiram, com destaque para a alta de 1,3% nos preços dos transportes, especialmente nas passagens aéreas.
O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,56%, acima da meta de 3% do governo, mas dentro do intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. A desaceleração do índice é um reflexo da menor pressão dos preços, mas ainda assim, alimentos e bebidas foram responsáveis por alta significativa, como o café, que subiu 8,56%.
O índice de difusão de janeiro foi de 65%, sugerindo que 65% dos produtos pesquisados tiveram aumento de preços. Essa variação reflete um cenário misto, com alívio no custo da energia, mas custos elevados em itens essenciais como alimentos. O impacto de fatores como o preço do café deve continuar influenciando a inflação nos próximos meses.
Apesar da desaceleração, a pressão dos preços continua, especialmente em produtos essenciais, o que indica que a trajetória de controle da inflação será desafiadora. A coleta do IPCA abrange várias regiões metropolitanas e cidades do país, garantindo uma visão ampla do comportamento dos preços no Brasil.