Participar de grandes competições é o sonho de todo atleta profissional. Nas Artes Marciais, o Ultimate Fighting Championship é o palco de campeões mundiais. Pisar no octógono do UFC é um privilégio que o lutador de MMA, Mateus Martins Vasco, conseguiu alcançar aos 25 anos.
Contudo ele acabou sendo eliminado e precisou fazer uma pausa para tratar graves lesões. Agora, aos 32 anos, ele está recuperado e se prepara para voltar às competições de alta performance representando Sorocaba, cidade onde mora com a esposa e o filho há 13 anos.
A história de Mateus com o MMA teve início na adolescência. Ele começou a praticar luta inspirado pelo irmão mais velho e sequer imaginava que um dia teria a oportunidade de participar do The Ultimate Fighter Brasil 4, na categoria Peso Galo, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
A primeira oportunidade de participar, aos 25 anos, veio acompanhada de um desafio duplo; além de enfrentar e vencer seu adversário, Mateus precisava superar lesões prévias, uma fratura na mão e o rompimento do menisco.
Essa parte trata-se da estrutura interna do joelho formada por fibrocartilagem importante para a estabilidade do joelho. Após a derrota no campeonato, o “Pitbull”, como é conhecido, ficou seis meses afastado para se recuperar de lesões e cirurgias.
O retorno aos ringues foi em Sorocaba, no Costa Combat, em fevereiro de 2015, quando foi campeão da categoria Peso Mosca (até 57 kg). Apesar da vitória, o lutador sofreu uma nova fratura na mão direita e teve de parar de competir por mais três meses.
Histórico com série de lesões e participações
Mateus participou de outras competições, entre elas, o World Fighting Championship Akhmat (WFCA), na Rússia, em 2016, e o Standout Fighting Tournament (SFT), em 2019, antes de fazer uma pausa para cuidar do filho recém-nascido.
Em 2021, quando já havia voltado aos treinos, o lutador contraiu Covid-19 e, novamente, ficou impossibilitado de lutar. No ano passado, sofreu um rompimento do tendão do bíceps direito após um treino de karatê, o que o levou a oito meses de recuperação.
“Tenho um histórico de lesões, mas nunca desisti de seguir na carreira. As dificuldades fazem parte e não foram apenas físicas, mas também financeiras. É um grande sonho, já cheguei a trocar serviços em academias para poder treinar e hoje tenho um espaço próprio”, conta.
A expectativa é voltar às competições de alta performance e tentar uma nova oportunidade no UFC neste ano. Atualmente, Mateus é faixa preta em jiu-jítsu e também treina boxe, muay thai e wrestling, uma modalidade de luta greco-romana pouco difundida no Brasil.
Suas referências no esporte são Vítor Belfort (lutador canhoto, assim como ele), Wanderlei Silva, além de Patrício Pitbull, com quem já teve a oportunidade de treinar. No MMA, ele soma 16 vitórias e apenas cinco derrotas, considerando seu histórico de lutas profissionais desde 2008.