147 ANOS DA SOROCABANA
A Estrada de Ferro Sorocabana (EFS) é tema, neste mês de julho, de atividades e programações na cidade, dado seu aniversário de 147 de inauguração no último dia 10. Para tanto, a história de todo o processo de idealização da EFS pode ser vista na Exposição “EFS Ouro Verde 80 anos”, no Centro de Memória Ferroviária de Sorocaba – Estação Paula Souza, nas quintas e sextas-feiras, das 14 às 19 horas, até o dia 10 de setembro.
Idealizada pelo empresário austro-húngaro Luiz Matheus Maylasky para exportar a grande quantidade de algodão herbáceo produzido na região de Sorocaba, a ferrovia foi construída com apoio do imperador Dom Pedro II, a partir do compromisso de Maylasky em conectar, por trilhos, a Capital com a Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema, atualmente município de Iperó.
Cerca de 1,5 mil pessoas trabalharam, ao mesmo tempo, na construção da ferrovia, das pontes e das estações. O primeiro trem correu oficialmente em 10 de julho de 1875, chegando à estação de Sorocaba às 14h30, procedente de São Paulo. Um pouco dessa história e de outros feitos heroicos da Sorocabana, como a eletrificação e a construção da linha Mairinque-Santos, que quebrou o monopólio do acesso ao porto pela São Paulo Railway (SPR), estão na exposição.
A exposição é viabilizada pela Sorocabana – Movimento de Preservação Ferroviária, por intermédio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Estrutura
São 28 painéis montados dentro da maior atração da mostra, que é o próprio Trem Ouro Verde, o primeiro da Sorocabana construído de aço e responsável pela ligação ferroviária entre São Paulo, Sorocaba e Assis, chegando, posteriormente, a Presidente Epitácio.
Cada um dos cinco carros de passageiros construídos na Alemanha, em 1937, pela Linke-Hofmann-Werke, compõem um ambiente diferente. São cinco “estações”, que abordam diferentes momentos do Ouro Verde e do transporte ferroviário no Estado como um todo, com enfoque para o serviço de passageiros, “Raízes” (carro Bagagem-Correio), “Luxo” (1ª Classe), “Declínio” (2ª Classe), “Agonia” (Dormitório-Salão) e “Renascimento” (Restaurante). O resultado é uma área visitável de quase 100 metros de comprimento, pela qual se pode inclusive “viajar” pelas cidades por onde o trem passava.