A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (10), mandados de busca e apreensão na residência do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos). A ação faz parte da “Operação Copia e Cola”, que investiga supostas fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para a gestão da saúde no município. Viaturas policiais permaneceram no local por algumas horas, enquanto os agentes recolhiam documentos e equipamentos eletrônicos.
Além da casa do prefeito, a operação também ocorreu no Paço Municipal, onde agentes federais passaram cerca de cinco horas na Secretaria da Saúde. A investigação, que teve início em 2022, apura indícios de corrupção, lavagem de dinheiro e irregularidades em contratos públicos. Documentos foram apreendidos e levados à sede da Polícia Federal em Sorocaba para análise.
As diligências fazem parte de um esforço mais amplo, que inclui o cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do estado de São Paulo e na Bahia. A Justiça também determinou o bloqueio de até R$ 20 milhões em bens e valores dos investigados. A OS envolvida no esquema foi proibida de firmar novos contratos com o poder público.
Desvio de recursos e lavagem de dinheiro
A “Operação Copia e Cola” foi deflagrada para desarticular um esquema de desvio de recursos públicos destinados à saúde. Segundo a Polícia Federal, a investigação revelou que parte dos valores foi movimentada por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias. Empresas e pessoas ligadas ao setor também estão sob suspeita.
Entre os alvos da operação está um empresário do ramo imobiliário em Sorocaba, investigado por suposta participação no esquema. Além disso, uma igreja local também entrou no radar das autoridades, sob suspeita de envolvimento na ocultação de recursos ilícitos. A Polícia Federal, no entanto, não divulgou os nomes dos investigados.
Com mais de 100 agentes mobilizados, a operação abrange cidades como São Paulo, Santo André, Osasco e Votorantim, além de Vitória da Conquista, na Bahia. A Justiça determinou medidas cautelares, incluindo a restrição de contratos públicos para a OS investigada, como forma de impedir novos desvios de verbas.
Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, peculato e fraude em licitação. As penas variam de acordo com a participação individual de cada envolvido, e as apurações seguem em andamento para determinar a extensão dos prejuízos aos cofres públicos.
Em nota, a Prefeitura se manifestou sobre o assunto:
“A investigação da Polícia Federal envolvendo uma OS (Organização Social) acontece em 13 cidades, tais como São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, entre outras, sendo Sorocaba uma delas. Nesse sentido, está havendo plena colaboração com as autoridades, para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, o mais brevemente possível.
Vale destacar que a operação acontece em um momento de grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado de São Paulo e presidente do Brasil. Não é a primeira vez na história que vemos ‘forças ocultas’ se levantarem contra representantes que se projetam como uma alternativa ao sistema e dão voz ao povo. Recentemente, por exemplo, Rodrigo Manga entrou em embates contra o aumento de impostos de alimentos básicos, combustíveis e remédios, bem como a criação de novos pedágios.”
CRÉDITO….PF