A suspensão da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), da Guarda Civil Municipal, permanecerá pelo tempo necessário ao bom andamento das investigações dos processos judiciais em curso.
A interrupção dos trabalhos foi decidida pela Justiça na segunda-feira (22) após a prisão de nove agentes da corporação sob a suspeita de tortura durante abordagens de rotina. Trata-se de uma decisão inédita, resultado de uma investigação do Gaeco.
Conforme a decisão, todos os guardas civis municipais em exercício na Romu deveriam ser afastados das atividades e alocados em áreas administrativas internas até o encerramento do processo.
Apurações
Segundo o Ministério Público (MP), os agentes são suspeitos de usar de tortura em atividades de rotina para conseguir dados sobre drogas, dinheiro e o nome dos líderes do tráfico de drogas em bairros de Sorocaba.
Uma das vítimas também procurou o MP afirmando ter sido torturada e levada a um recinto na zona norte, onde teria sido duramente agredida com socos, chutes e pauladas.
A pessoa teria precisado, inclusive, de atendimento médico, o que a fez procurar o Instituto Médico Legal (IML). Lá, passou por exame de corpo de delito e o laudo comprovou as agressões.
Posição
Por nota, a Prefeitura reiterou que a Corregedoria da Guarda Civil Municipal instaurou correição para acompanhar as condutas disciplinares dos guardas envolvidos nas investigações.
Informou, ainda, que o caso tramita em segredo de Justiça e que a Corregedoria da Guarda Civil Municipal já solicitou ao Ministério Público e ao Judiciário o acesso aos autos.
“A Guarda Civil Municipal e o Município seguem colaborando com tudo o que for possível nas investigações, assim como tomando todas as medidas administrativas possíveis”, assegura.