O empresário Thiago Brennand, acusado de agressão a mulheres, será interrogado no próximo dia 21. Além dele, a audiência, marcada para as 14 horas, também ouve cinco testemunhas de defesa. Todas as oitivas e o interrogatório do acusado ocorrem no formato virtual.
Ele está preso no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros desde 30 de abril. Ele é acusado de agredir mulheres – uma dessas agressões foi flagrada por câmeras de uma academia em São Paulo. Brennand estava foragido nos Emirados Árabes Unidos e foi extraditado há cerca de um mês.
Na terça-feira (30), no primeiro dia de julgamento na 2ª Vara de Porto Feliz, na Região Metropolitana de Sorocaba, foram ouvidas uma das vítimas e três testemunhas de defesa. A audiência foi presidida pelo juiz Fernando Henrique Masseroni Mayer.
Segundo o TJ, o processo em questão tramita em segredo de justiça e, por isso, a audiência é fechada à imprensa. Brennand é réu em pelo menos oito processos criminais, e teve decretada sua prisão preventiva em cinco deles.
Além das agressões e estupros contra mulheres, o empresário ainda é investigado por agredir o filho e por possuir uma coleção de armas ilegais. Os casos envolvendo Thiago Brennand ganharam notoriedade após a divulgação de imagens de câmera de segurança de uma academia em São Paulo.
Nas gravações, ele é flagrado agredindo uma modelo. Em decorrência deste episódio, a Justiça paulista determinou a prisão dele. Foi solicitado posicionamento da defesa do acusado, mas não houve retorno até a conclusão da reportagem. (Com informações da Agência Brasil)
Fiança paga
O empresário chegou a ser preso em outubro, em Abu Dhabi, mas acabou solto após pagar fiança. Depois de tratativas do governo brasileiro, os Emirados Árabes Unidos concordaram em extraditar o empresário, após ele ter sido incluído na difusão vermelha da Interpol.
Brennand foi preso novamente em 17 de abril, após serviços de inteligência do país do Oriente Médio identificarem um plano em que ele pretendia fugir para a Rússia. Uma equipe – composta por um delegado e dois agentes da PF – foi aos Emirados Árabes Unidos para trazer o brasileiro.
Um escrivão treinado em artes marciais também foi mobilizado, diante do histórico violento do preso. A defesa de Brennand pleiteava na justiça a revogação da prisão preventiva do empresário, alegando que ele pretendia colaborar com as investigações. Ele alegava inocência e se dizia perseguido.